Autoanálise
A minha alma vaga soturna no crepúsculo
Convulsa, contorce-se e triste cambaleia
Qual um debilitado de labirinto e cefaleia
Que sente fraqueza e o tremer do músculo
Sinto o temor, ele domina-me é maiúsculo
Fico atento e resoluto, o lar é minha "Léia"
Este é meu fadário, a minha triste, vil aleia
Que percorro só, sem amores, sem ósculo
Flutuo como folha seca, no outono, sem dono
Impelida pelo vento, outras em mim chocando
Viajando involuntária, em doloroso abandono
Neste vagar vou com tino, juízo, metafisicando
Ás vicissitudes da vida, são como dócil abono
Somando-se ás cicatrizes, me refortificando
21/05/2016
"Léia", em Hebraico quer dizer "abrigo" , " resguardo"