O amor em verdade
O lírio de amor que tenho em mente não é flor
De um amor inverossímil pela infinitude e dor,
Mas também não é ninfa de uma brincadeira
De um poeta artista que sente amizade inteira...
O sentimento de que procuro falar é a morte
Da própria morte, é a flor da ninfa, é o amor
Na própria flor, esse é o lírio da minha sorte,
Esse é o beijo que quero dar se for a minha sorte...
E, corando o amor da eterna cor,
Vou primar pelas paixões e, se for-te
Meu coração, o meu peito a sentir-te
Vai lamentar não ser-me o amor...
Mas serás a flor, a ninfa, é a minha arte,
Mas onde será que envelhecerá? Não se descarte...