Desacordes de amores
Então, ali nascem sem sequer ser consultados,
Pelados e sem GPS... Trazidos pela tal ‘cegonha’,
E passam a se aceitar... Supostamente amados,
Brigam, fazem a pazes num estilo sem vergonha.
Crescem em ‘família’ são todos pela mesma causa,
Escola, trabalho, igreja, vivência claramente sadia,
Café da manhã: propaganda de margarina, pausa,
Quem vê de longe dá uma impressão que é poesia.
Depois adultos, uns ficam e outros caçam o rumo,
Continuam a amar, e às vezes até sente saudade,
Encontram uma vez ou outra, e quanta felicidade!
Casam, constituem outra família, erguem prumo,
Genros e noras se afiliam e todas aquelas crianças,
Há desacordes com amor e brigam pelas heranças.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/