Desacordes de amores

Então, ali nascem sem sequer ser consultados,

Pelados e sem GPS... Trazidos pela tal ‘cegonha’,

E passam a se aceitar... Supostamente amados,

Brigam, fazem a pazes num estilo sem vergonha.

Crescem em ‘família’ são todos pela mesma causa,

Escola, trabalho, igreja, vivência claramente sadia,

Café da manhã: propaganda de margarina, pausa,

Quem vê de longe dá uma impressão que é poesia.

Depois adultos, uns ficam e outros caçam o rumo,

Continuam a amar, e às vezes até sente saudade,

Encontram uma vez ou outra, e quanta felicidade!

Casam, constituem outra família, erguem prumo,

Genros e noras se afiliam e todas aquelas crianças,

Há desacordes com amor e brigam pelas heranças.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 20/05/2016
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