OPHÍDIA
"Vives de crenças mortas e te nutres, empenhada na sanha dos abutres, num desespero rábido, assassino..."
(Augusto dos Anjos)
OPHÍDIA
Sua fome aumenta com a desgraça
Igual de um horrendo feto anti-humano
Gestado junto ao caos hitleriano
Vergonha ao legado da minha raça
És mensageira-mor do mau augúrio
Tens na língua má de ophídia medonha
A peçonha de todas as peçonhas
Como herança recebida do espúrio
Vives em ponto de alerta, bastarda!
Rastejando pelas sombras, aguarda
A fatídica ordem do diabo
Juras vingança e em sua incoerência,
Giras em torno de si: vil demência!
Desesperada, morde o próprio rabo!
(Edna Frigato)