Ruídos do silêncio
 
Quase não há silêncio lá fora
Só sorrisos grunhidos... ruídos...
Um vento lento, morno, sofrido
Janela e hélices se revezam a horas
 
A luz inutilmente imita o dia
As cordas caladas e cansadas
Repousam das repetições tentadas
Decerto preferem melhor companhia
 
Sob o olhar dos objetos da sala
Óbvios e indiferentes a melancolias
Mas que vivem mudos essas heresias
 
Peças com que adorno e fantasio
O fato real de um habitat vazio
Ora casa grande, ora senzala