RETALHOS
As sendas da ilusão percorro aos prantos,
sentindo o féleo gosto da saudade.
A brisa que me envolve em frialdade
calou toda alegria dos meus cantos.
Do sonho vejo ao chão pedaços tantos,
retalhos de nós dois... A dor me invade!
Do rosto a singular vivacidade
perdeu-se sob as trevas destes mantos.
O sal do desengano é meu tormento,
vergasta, derramado na ferida,
inflige gradual perecimento!
Não pude superar tua partida,
por isso, de lembranças me alimento.
Até quando? Não sei! Busco a saída...