Soneto a um poeta beato

Diminuto poeta campesino

Padre rudo sem letra e sem estola

Decantando no braço da viola

A desgraça cruel do seu destino

Com repente macabro, fescenino

Esse bobo aliena a fazendola

Doutrinando o seu verso sem escola

No casebre vulgar do nordestino

Nunca lera o mais tosco alfarrábio

Mas se julga famoso como um sábio

No momento nefasto da peleja

Esse monstro nefando do repente

Como um louco domina nossa gente

Com as burrices nojentas da igreja.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 19/05/2016
Código do texto: T5640357
Classificação de conteúdo: seguro