Balancê

É lindo o teu o suar no teu sambar.

O corpo que se quebra e se requebra.

A banda que remexe e que se entrega

No bamboleio de um bom batucar.

É fogo da pimenta a temperar.

O gesto sensual que se carrega...

A mão que só vagueia e que escorrega,

Nas curvas mais intrusas do gingar.

O toque da batida no compasso;

O som do coração no peito aberto,

O traço do gingado no teu passo.

Assim é essa dança o meu confronto:

Um balançado que me deixa esperto,

Um rebolado que me deixa tonto.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 19/05/2016
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