Balancê
É lindo o teu o suar no teu sambar.
O corpo que se quebra e se requebra.
A banda que remexe e que se entrega
No bamboleio de um bom batucar.
É fogo da pimenta a temperar.
O gesto sensual que se carrega...
A mão que só vagueia e que escorrega,
Nas curvas mais intrusas do gingar.
O toque da batida no compasso;
O som do coração no peito aberto,
O traço do gingado no teu passo.
Assim é essa dança o meu confronto:
Um balançado que me deixa esperto,
Um rebolado que me deixa tonto.