JARDINS SOMBRIOS
Quando no outono, das brumas sombrias,
Das folhas mortas, nos gráceis jazigos,
Eu me recordo dos tempos antigos,
De auras etéreas, porém, fugidias...
A noite obumbra, as ruelas esguias,
Dos Anjos pétreos, dos lustros abrigos,
Jogo-me sobre os relvedos pascigos,
Molho teu leito, de lágrimas frias....
Neste semoto moimento das dores,
Onde adormecem os nossos amores,
Desta inocente e fugaz mocidade...
Ali, me perco e me encontro em meus sonhos,
Entre as lembranças dos dias tristonhos,
Nestes soturnos jardins da saudade...
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Decassílabos(métrica) Gaita galega(ritmo)
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*Falo no soneto, de minha visita ao cemitério, onde, jaz, o túmulo de minha amada- (Sei da dificuldade de lermos e entendermos, o que
outra pessoa queria dizer-nos)