JARDINS SOMBRIOS

Quando no outono, das brumas sombrias,

Das folhas mortas, nos gráceis jazigos,

Eu me recordo dos tempos antigos,

De auras etéreas, porém, fugidias...

A noite obumbra, as ruelas esguias,

Dos Anjos pétreos, dos lustros abrigos,

Jogo-me sobre os relvedos pascigos,

Molho teu leito, de lágrimas frias....

Neste semoto moimento das dores,

Onde adormecem os nossos amores,

Desta inocente e fugaz mocidade...

Ali, me perco e me encontro em meus sonhos,

Entre as lembranças dos dias tristonhos,

Nestes soturnos jardins da saudade...

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Decassílabos(métrica) Gaita galega(ritmo)

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*Falo no soneto, de minha visita ao cemitério, onde, jaz, o túmulo de minha amada- (Sei da dificuldade de lermos e entendermos, o que

outra pessoa queria dizer-nos)

Sérgio Dos Anjos
Enviado por Sérgio Dos Anjos em 18/05/2016
Reeditado em 06/06/2016
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