tardia

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escrevo com palavras ferrugentas..

aquelas que cantam, louvam em vão

este amor que é tão teu; esta canção

que viu naus e naus vingar tormentas..

e náufragos, como lapas, fincados

a tábuas, a gritos, lotados, ao osso..

viu bravos, poucos, a braços, a esforço,

subir fragas que pareciam soldados

em peleja. tardas, algures tida,

quiçá já viúva de sonhos sem brilho!..

tardas, e assim tardas a minha vida!

vida de fainas ... doidices ... paixão!..

a ver-te, tenra, doce, boa, como o milho,

mas, mas algo longe da minha mão!

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Luís R Santos
Enviado por Luís R Santos em 16/05/2016
Código do texto: T5637433
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