ANO NOVO

ANO NOVO

Após um outro amor, sem mais nem quê,

Meu coração parou de bater forte.

Amar tornou-se uma arte; amor, esporte .

A decepção venceu, como se vê...

Livre mas só, saudei o ano: --Ananauê!

De tanto me seguir fiquei sem norte.

Sim, eu me perdi, mas a minha sorte

Foi ter o próprio amor como mercê.

Sinto muito... Queria que não tanto!...

Queria querer que ora um novo encanto

Fizesse eu me sentir melhor que antes.

Todavia, o que sinto é essa falta,

Que me leva, confuso, à ideia incauta

De que Janus tem faces expectantes.

Lagoa da Prata - 01 01 2011