Um homem livre apesar da escravidão

Sou bardo à tua porta,

Sou sangue e tu, aorta,

Sou louco, filósofo, Tróia

Tu alienista, cientista, história...

Sou "o quê" na academia

Tu, o "porquê" da aldravia.

Sou o café no livro

Tu, as férias no Rio.

Como aquarela tresloucada,

Somos as pernas enroscadas,

Somos a resposta mal dada.

Sou o litoral invadido,

O índio crente em Maria,

Tu, a missa de domingo.

Itinga
Enviado por Itinga em 16/05/2016
Código do texto: T5636851
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