Um homem livre apesar da escravidão
Sou bardo à tua porta,
Sou sangue e tu, aorta,
Sou louco, filósofo, Tróia
Tu alienista, cientista, história...
Sou "o quê" na academia
Tu, o "porquê" da aldravia.
Sou o café no livro
Tu, as férias no Rio.
Como aquarela tresloucada,
Somos as pernas enroscadas,
Somos a resposta mal dada.
Sou o litoral invadido,
O índio crente em Maria,
Tu, a missa de domingo.