Belezas desperdiçadas
 
Essa bela estampa, estética contemplada
Soma de valores, impressão precoce
Instantâneo espelho em que se emana e sorve
Projeções secretas até de si guardadas
 
Fenômeno inverso do que se controla
Autômato, fantasma de conexão
Invisível trânsito de prováveis nãos
Pela qual se nutre a ilusão que aflora
 
Nega que a beleza é trunfo nas mãos
Mais belo seria uma alma prestimosa
Que, mais que fator de orgulho, lhe incomoda
 
Na competição entre a de dentro e fora
Distrai-se e não vê a quem às duas adora
Desperdiça o tempo em exóticas buscas vãs