Das minhas loucuras

As malas das minhas ideias desarrumadas; arrumo,

Tento divisar uma ordem, qual a relevância de cada,

Dobro e desdobro, então aliso para sentir o aprumo.

Abstruso, cada uma tem valor, nenhuma descartada.

Algumas ideias passageiras, outras sempre martelam,

Algumas são meio insanas, outras são tão coerentes,

Algumas são rasas, outras na alma e coração anelam,

Umas são meio tolas; já outras tão surpreendentes.

Fico ali horas tentando nessa minha louca arrumação,

E coloco-as num canto, no meio, em cima e em baixo.

É tão melindroso, um quebra-cabeça, quase o encaixo.

E aparentemente em mim quase percebo a evolução,

E puxo o fecho éclair em torno dessa minha bagagem,

Inútil, sento em cima, tudo bagunçado, que bobagem!

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 15/05/2016
Código do texto: T5636675
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