SEM RESSENTIMENTOS
SEM RESSENTIMENTOS
Desejo não querer mais teu desejo
Tal-qual esperas qu'eu nada espere em ti.
Deixa-me qu'eu me deixe agora aqui
Só -- somente e sozinho -- no meu pejo...
Não que se veja tanto quanto vejo,
Ou de tudo te apartes se parti.
Mas fique assim: É cada um por si!
E nunca mais estejas no que ensejo.
Não é preciso haver outra imprecisa
Inverdade a não ser aquela impressa:
Documenta o que já pouco interessa...
Passarás como os pássaros à brisa,
Enquanto eu, com um quê de ressentido
Irei te conduzir até o olvido!
Belo Horizonte - 29 09 2005