Homini-finitus

Vai o homem assoberbado etc e tal...

Por soberba constrói a grande torre

Vagueia pela vaidade, lamento torpe

Agora ruínas de si e da torre no edital

Feito pescador por águas profundas...

Refaz a rota, e sempre morre na praia

O peixe finge sorri, a balsa se espraia

Pútrido bálsamo na cousa que afunda?

Oh, tantas gerações inda por virem!

Sobre este chão cheio de pedregulhos

Ah, quantas gerações hão de partirem?

Todavia, mesma diáspora na epopeia

Talvez vaga consciência em fagulhas

Dentro da ilha bela fora da odisseia

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 15/05/2016
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