Mísera miragem...
Em silêncio contemplai o horizonte
O veleiro sem rumo logo se afasta
Nenhum aphorismós novo na casta
Sequer a ilusão salobra de ontem...
Repete-se a musa insana. Doce signo!
O que se sabia aqui, ali ninguém sabia
Senão, cavalo-de-fogo dentro da abadia
Jogos de azar e drama no reino indigno
Âncoras fincadas nos confins do mundo
Vosso olho arregalado, lucidez humana?
Ó escarro corriqueiro no fosso profundo!
Ao longe anjos-negros, depois os poetas
Sempre tão humilhados ante a caravana
Dos desordeiros no deserto dos profetas