Soneto da Desorientação

versada nos hieroglifos dos quereres

cedi ao impulso tórpido do mal,

a heresia da paixão de um mortal

pelo eco de um reflexo dos deuses!

navego agora o triste mar dos desalentos

enviados do profundo tormento do umbral

e a sombra moribunda na víscera primordial

castiga a delicadeza desses sentimentos

no balanço cíclico dos acontecimentos

nauseei o veneno suculento dos alimentos

do sacro pomar ilícito celestial

adoeci a mais vil de todas as chagas

desbalanceei a aerodinâmica das asas

ao fitar um único feixe do prisma universal

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 13/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
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