D'AMOR E ESCÁRNIO

D'AMOR E ESCÁRNIO

Quem for morrer d'amor descanse em paz...

Porque o pior que podia acontecer

É sem o mal-de-amor enfim morrer

Ou viver sem a dor que o amor nos traz.

Amar: Enquanto o corpo ama, a alma, jaz.

Certo como há dor onde há prazer,

Igual a um pródigo, ir se desfazer

Das boas companhias pelas más...

A medo da morte, acha-se outro orgasmo

Que lhe esgota a libido pelo sêmen

Ao afastar a que mais os homens temem!

Forçara até sentir do gozo o espasmo

Mas triste, após o coito, aonde for

Vai d'esta para melhor sem ter amor

Belo Horizonte – 27 09 2005