O CORVO

"Asa de corvos carniceiros, asa/ De mau agouro que, nos doze meses,/ Cobre às vezes o espaço e cobre às vezes/

O telhado de nossa própria casa..." (Augusto dos Anjos)

O CORVO

Um corvo negro me trouxe maus agouros

Essa ave fúnebre – prenúncio da morte

E das vorazes agruras da má sorte -

Pousou minha cabeça e tingiu meus louros

Seu piado inibitório me golpeia

Revoa minh´alma anunciando o luto

Corro, me disfarço e ainda assim escuto

O chamado da morte ao meu medo alheia

Petrificada morrem-me os movimentos

Trêmula balbucio o meu último arpejo

Ao sentir da morte o fatídico beijo

Já do outro lado, sinto gélidos ventos

Açoitando sem dó o meu mórbido espírito

Junto aos proscritos que me recebem em rito

(EdnaFrigato)

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Corvo! Corvo! Corvo!... Tuas asas... Teus voos...

Quantos amores???

Entretanto, adentrando nos vãos do uni-versus.

Eis que, o porto-seguro detrás da ilha!

Bem ali, crocito dos corvos no bacanal

Ó ego de direito a quem o bem partilha!

Daí nossos receios, nossas angústias em odes e orações, sempre em demasia, demasiada no rumo incerto do Humano. (Gilberto Oliveira)

Interação do grande poeta e amigo Gilberto Oliveira.

Obrigada, Dom por essa riquíssima contribuição.

Meu carinho sempre! Edna Frigato