Soneto Imaterial
às margens caóticas dum derradeiro ciclo
tropeço feixes de um ente intangível
riacho da iris, sereno barco da luz visível
imagem, holograma, brisa fria do abismo
deste canto do tempo escondido
detrás do espelho vivo das miríades
guardião das dores de todas as verdades
movo os ventos milenares da cura do dolorido
agora, são azuis todos os meus níveis
e ainda o caos do pensamento vago atira-me
à emoção ávida da ventura do desatino
vago o submundo no rastro luminoso dum hino
e sigilo na egrégora nobre das deidades
a magnetização consciente desse destino!