Refrato
quero arriscar descrever um esboço
daquilo que vem quando te ouço
daquilo que treme as amígdalas,
acelera o pulso da corrente sanguínea
tua beleza cantada em versos
agita as vibrações do sistema nervoso
implode peculiares energias
da físico química do alvoroço
sonidos vindouros de explosões solares
aninham e amolecem as carnes
no aconchego do arrepio da espinha
passa o tempo, é intenso e ingênuo
o desejo por uma verdade que,
em silêncio, ainda espera ser ouvida