DESASTRÓLOGO
DESASTRÓLOGO
Astros traiçoeiros! Lumes que malignos
Eu perscrutava, errático, buscando
Uma ciência completa, embora a mando
Dos homens mais tirânicos e indignos!...
No afã de decifrar os vossos signos,
Eu vos segui as órbitas vãs, quando
No Universo vagastes prenunciando
Do Fado os insondáveis maus designios...
Que catástrofes vi em luas cheias!
Desastres em eclipses pressagiei...
E nas estrelas belas, guerras feias!
Há tantas noites limpas vos vigiei,
Mas mais me gela o sangue pelas veias
Prever senão desgraças para El-Rey!
Betim – 08 09 2005