ÍNCOLA ETÉREO
Só resta-me o sonhar da eternidade,
Descendo pela rua solitária,
Aos prantos, de uma nênia mortuária,
Que embalam-me nas ruas da cidade...
Trazia à tarde à essência funerária,
E as priscas ilusões de uma verdade,
Que vão-se no fluir da mocidade,
Deitado numa lápide ordinária.
O sol obumbra o plácido poente,
Trazendo a noite lânguida, silente,
Tal luto negro, num desgosto aflito.
Min'alma sai de um sono em letargia,
E adejo busca, a luz do novo dia....
Abra-me OH!! Pai, as portas do infinito!!!
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* O soneto fala de meu sepultamento, o cortejo segue,
pelas ruas da cidade, e minh'alma se liberta do cor-
po, pedindo ao Pai, que abra-me as portas do infinito....