ÍNCOLA ETÉREO

Só resta-me o sonhar da eternidade,

Descendo pela rua solitária,

Aos prantos, de uma nênia mortuária,

Que embalam-me nas ruas da cidade...

Trazia à tarde à essência funerária,

E as priscas ilusões de uma verdade,

Que vão-se no fluir da mocidade,

Deitado numa lápide ordinária.

O sol obumbra o plácido poente,

Trazendo a noite lânguida, silente,

Tal luto negro, num desgosto aflito.

Min'alma sai de um sono em letargia,

E adejo busca, a luz do novo dia....

Abra-me OH!! Pai, as portas do infinito!!!

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

* O soneto fala de meu sepultamento, o cortejo segue,

pelas ruas da cidade, e minh'alma se liberta do cor-

po, pedindo ao Pai, que abra-me as portas do infinito....

Sérgio Dos Anjos
Enviado por Sérgio Dos Anjos em 10/05/2016
Reeditado em 11/05/2016
Código do texto: T5631556
Classificação de conteúdo: seguro