SONETO DO CASTELO E O PÁSSARO SOLIDÃO
Tu és Castelo de Luz Natural
que me envolve assim tanto e fascinado
na procura de flores no reinado,
enquanto eu estou bem no lamaçal.
Nesta fundura de mim abismal,
vejo as flores com o teu constelado,
enigma que me põe todo aluado,
enquanto afundo na linha abissal.
Armei uma arapuca e minhas asas
estão bem presas entre os ferros quentes.
Livra-me de lá, peço que tu tentes
tirar-me de lá pelas chances rasas
de então ver-me, o teu pássaro contente,
que sozinho no mundo muito sente.
Tu és Castelo de Luz Natural
que me envolve assim tanto e fascinado
na procura de flores no reinado,
enquanto eu estou bem no lamaçal.
Nesta fundura de mim abismal,
vejo as flores com o teu constelado,
enigma que me põe todo aluado,
enquanto afundo na linha abissal.
Armei uma arapuca e minhas asas
estão bem presas entre os ferros quentes.
Livra-me de lá, peço que tu tentes
tirar-me de lá pelas chances rasas
de então ver-me, o teu pássaro contente,
que sozinho no mundo muito sente.