Alma Dolente!

Talvez, porque o sol nasceu nublado,
Quem sabe, este dia sem sentido!
Por algo estranho, eu tenha resolvido
Deixar meu coração hoje fechado!

Não sei porque estranhas sensações
Nos deixam abalados de tal jeito.
Embora nada mais possa ser feito
Que nos tire desse mar de ilusões!

Envolta está a min’alma em mistérios
Insondáveis, por não encontrar onde
O meu canto de lirismo se escondeu!

O manto da ambigüidade me absorveu
E, neste intrínseco elo que me responde
Apenas ouço a minha voz de impropérios!