MIGALHAS DE AMOR
Por que me arrasto a teus pés,
Implorando migalhas de amor?
Se tão vil e ingrata tu és,
Nem aí pro meu ar sofredor?
Por que eu não te mastigo
E regurgito o teu bagaço?
Por que este meu ar de castigo,
Se não te importam as dores que passo?
Por que esta imutável apatia,
Por que este eterno ar de cansaço?
Por que esta náusea, esta azia,
Coração batendo fora do compasso?
Por que eu não busco a empatia
No laço bom de um outro abraço?
*”Desabafo”, Roberto e Erasmo.
*OBS: gosto de escrever na estrutura do soneto, mas raramente arrisco a publicar neste gênero, por dois motivos: não tenho paciência para seguir regras e menos paciência ainda para ler comentários criticando que a poesia não está correta com relação ao número de sílabas poéticas. Antecipando tais comentários: escrevo com o coração, não com régua ou calculadora.