Sangue amargo
A ingratidão dos filhos é tão triste;
Não sabem dar valor para o que têm;
Pois, como tudo de valor que existe,
Só apreciam quando ficam sem!
Quando no coração a dor consiste,
Na fria indiferença ou no desdém,
A consideração jamais persiste
E, da amargura, o amor vira refém.
Quando qualquer desprezo se proclama,
A quem lhe dedicou amor e zelo,
Muita infelicidade se derrama...
...Talvez, um dia, num suposto apelo,
Você queira dizer que ainda os ama,
Mas é tarde demais para dizê-lo!