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ESTRADAS [666]
 


As estradas do tempo são incertas,
nós é que galopamos certos passos;
há caminhos, às vezes, tão devassos,
que me pedem valer-me de cobertas.
 

As estradas povoam-se desertas,
que no ferro também há ligas d’aços.
Inda sendo da plêiade dos crassos,
minhas lentes em ti estão abertas.
 

Tu penetras-me n’alma como o verme.
Só anseio que vás à minha derme,
em quaisquer latitudes e saudades.
 

Nas estradas, palmeias muito lastro:
e, nas trilhas, em forma de alabastro,
do teu corpo me vêm temeridades.  
 

Fort., 09/05/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/05/2016
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