Inconstantemente

Quantos fins nascem da inconstância

E dos fins perde-se a vontade

Quem olha não vê a mudança

Mas dos fins floresce a saudade

Há recomeço no fim de um começo?

Vi jardins florescerem após o inverno

Há em mim uma parte que desconheço

Talvez a essencia daquele amor terno

A beleza do passado é a existencia do presente

E do presente faz-se futuro

Talvez outrora fosse ardente

Agora as lembranças perderam-se no escuro

Às vezes sinto falta em demasia

Outras vezes tudo parece distante

Quase enxergo o nascer de um novo dia

Que seja breve mas nunca inconstante