O REINO PERDIDO
As árvores marchavam para o lago
Enquanto conversávamos felizes
Naqueles dias verdes e sem crises
Sob céu tão generoso, um fundo vago.
A grama sussurrava sob o afago
De fadas pressurosas, más atrizes,
E a tarde não cabia nas valises
De prazos, meu amor – eu era um mago.
Ali, no entanto, ali morria um sonho
No pouso dessa noite permanente.
As árvores são velhas de ar tristonho
A desdenhar do lago em seus resmungos.
As fadas em pavor, a grama ausente
Já cede espaço a grei de estranhos fungos.
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As árvores marchavam para o lago
Enquanto conversávamos felizes
Naqueles dias verdes e sem crises
Sob céu tão generoso, um fundo vago.
A grama sussurrava sob o afago
De fadas pressurosas, más atrizes,
E a tarde não cabia nas valises
De prazos, meu amor – eu era um mago.
Ali, no entanto, ali morria um sonho
No pouso dessa noite permanente.
As árvores são velhas de ar tristonho
A desdenhar do lago em seus resmungos.
As fadas em pavor, a grama ausente
Já cede espaço a grei de estranhos fungos.
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