SAUDADE

Meu peito agora aperta, aperta forte...

entende a solidão que me sussurra

a brisa umedecida de ternura

e as gotas do olhar qual contraforte

defendem as lembranças da tristura,

pois temem que a esperança não suporte

o tempo em que a distância sangra a sorte

e a brisa sopre a última ventura.

De todo sonho meu, o mais profundo,

aquele que dos céus é oriundo,

recanto a duras penas dentro em mim.

E neste logradouro da saudade,

eu vivo a sonhar com os fins de tarde

do tempo em que o amor não tinha fim.

Jean Marcell Gomes Albino
Enviado por Jean Marcell Gomes Albino em 08/05/2016
Reeditado em 08/05/2016
Código do texto: T5628772
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