EFLÚVIO ODORANTE...
Soneto.

São teus olhos de soslaio a cobiçar,
Os detalhes do meu denso ingénito,
Que te faz arder, rubro fogo abrasar,
Minha vele fina, macio róseo congênito.

 
Teu tino, tato, expert se faz notável...
A levar-me ao delírio em febre láctea,
Minha alma toca em canção tão venerável,
E o corpo tange maleável ficando aérea.

Teu falo férreo, deleitante em colisão...
Tuas carícias sussurrante tal qual vento
Nossas tezes em calafrio têm, por abrasão.

Sem oposição por méritos de ambos,
Caem vencidos, triunfantes em abatimento,
Dá trégua, por um tempo em sais de banhos...

Maio/2016
MargarethDSL