O MEL DA POESIA...

Vou alquebrado pela noite à estrela morta

Mas eu reluto com meu sono em sigilo

Na fluorescente, fraca luz, ausente grilo

Somente estrilo desta minha mente torta...

Nem o silêncio absoluto mais me exorta

A só buscar-me ao travesseiro bem tranquilo

Pois, lá na solidão de letras eu me asilo

E poesia então é lâmina, me corta...

Cortando a alma, e meu pulso latejante

Que faz de mim na madrugada fria, amante

De uma virgem para quem eu vou propor:

Eu te darei calor que existe em meu peito

E tu me dás teu puro verso, néctar feito...

E sob a íntima colmeia nasce amor!

Autor: André Luiz Pinheiro

03/05/2016