SONETO DA SOLIDÃO E DO ACENO
A noite agora está toda um cinema
e eu tentando te olhar como um vassalo
e desejando o beijo ao som do estalo,
fico nesta atenção tão forte e extrema.
Sozinho e com o frio é-me um problema
porque a solidão das mãos é um abalo
e a voz sozinha, não falo e me calo.
Para não ficar só, pego esta algema.
Daí o peito percebo assaz pequeno
tal fosse um astro pronto p'ra explodir
ou se extinguir na força do veneno.
Tudo isto porque espero o teu aceno
para que bela luz venha a eclodir
no dois em um que enleva o mais que pleno.
A noite agora está toda um cinema
e eu tentando te olhar como um vassalo
e desejando o beijo ao som do estalo,
fico nesta atenção tão forte e extrema.
Sozinho e com o frio é-me um problema
porque a solidão das mãos é um abalo
e a voz sozinha, não falo e me calo.
Para não ficar só, pego esta algema.
Daí o peito percebo assaz pequeno
tal fosse um astro pronto p'ra explodir
ou se extinguir na força do veneno.
Tudo isto porque espero o teu aceno
para que bela luz venha a eclodir
no dois em um que enleva o mais que pleno.