SAARA - soneto segundo

II

O problema sou eu, apenas eu.

Não fosse por mim, mil e uma delícias:

Desde antigas maravilhas egípcias

Ao siroco do extremo-árido seu.

Mas o deserto sempre pareceu

A mim, vazio e inóspito... Fictícias

Soavam suas histórias e primícias,

Que nada me farão senão sandeu!

Outros conseguirão achar, decerto,

Seus oásis, com bons mapas e astrolábios,

Para se atravessar todo o deserto.

Eu, porém, fracassei onde os mais sábios

Desistiram... E, secos os meus lábios,

Vejo o deserto ainda mais deserto.

* * *