Trabalho.

Dia primeiro de maio, do trabalho,

eu no malho, não por necessidade,

na verdade é qual fosse um atalho,

quebra galho pra atender minha afinidade

com os versos. Esses teimosos bugalhos,

que de alhos se vestem por vaidade

inda que eu brade: Somos pirralhos,

nos equivalho em poesia à virgindade!

Mas de retalho em retalho um tapete

em que o poema desfila em seu deleite

sem saber se vai brilhar, ainda.

Este poeta da plateia aplaude

não quer ao seu trabalho o debalde

e nem que a poesia, dele, prescinda.

Josérobertopalácio.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 01/05/2016
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