Doce eternidade...
Vivemos dentro da pedra como fósseis
Fósseis como se fossem pé-de-vento...
Querendo ou não: vagos pensamentos
Memória em círculos, cuca ante as seis
Há abismos gerais de pouca profundidade
Donde não cabem rumores para a queda...
Quem não tem asas avoa de paraquedas
Mas, tudo voa rápido na liquidez da idade
Teu passado sem futuro, presente em vão
Vosso império fadado à mesma rotina...
O moinho-mor moendo de grão em grão
Brilhante Rei vai na galera com os anjos
Cobre o castelo com a ilusória cortina...
Ó ironia! nem trapos pra limpar o banjo