Muito por nada
 
Nesse estranho cenário imaginado
Lógica dos sonhos a que me acostumei
Como se pudesse negar o que já sei
Tento não pensar o ter pensado
 
E na luta desigual como nos vícios
Simulo friezas que não disponho
Forjo as certezas óbvias que suponho
Entre um certo morto e um sentir idílico
 
Resigno-me em mil perdões bisonhos
Que jamais alcançam o estado físico
Visto nítido ser eu mesmo o malefício
 
Vivo entre os intervalos a que me arrisco
Só ensaio e não disparo um curto risco
Já nem sei medir de mim qualquer tamanho