Soneto de Aviso
À porta do meu peito bem que aviso
a todo aquela que por ela entrar
"Retorne ao seu caminho, se preciso,
mas pode olhar tudo, sem reclamar.
Encontrarás a casa em desaprumo,
e nadarás num rio de água turva.
Se não gostar, favor, volte ao seu rumo,
que o certo é desviar, fazer a curva."
Sinceramente, acaso desta vida,
não busco o fardo da informação. Eu
prefiro sorver o que se perdeu
num frágil momento de despedida.
Quem vir comigo há de se converter,
e será comigo o que eu quero ser.