O condenado
Ao tribunal chegou o arguido armado
Em figurão, convicto que se iria
Safar das más acções, mas condenado
Foi a cumprir a sua pena fria.
Logo o sorriso seu de vil pecado
Se transformou em pranto todo o dia,
Já que viu que o produto seu roubado
Acabou por tornar-se em agonia!
Tantas foram as vezes que roubou,
Que ao fim das contas nada lhe adiantou.
Pois isto de viver fora da lei
Tarde ou cedo resulta em tal desgraça,
Que a consciência em peso tanto abraça,
Só por ser um ladrão armado em rei.
Ângelo Augusto