O amor emprestado

Como vou ser amado e amar em letras e versos?

Como entender a prosa que não escrevo

E o poeta que não me torno em concursos eternos

E os versos que não publiquei em livros severo?

Eu sinto num outro homem o amor necessário,

Mas é um amor que ele tem para dar,

Não sou poeta desses que tem puta no armário,

Mas sou poeta para eternamente se amar...

Então me ama e serás amados por todos,

Mas sei que esse amor que tens no peito veio

De uma mulher que escorregou no lodo

Do banheiro e outro homem lha deu arreios...

Mas ama-me e serás poeta, beija-me,

Transa com essa essência feminina,

De mim uma dama faz-me,

Liberta o meu peito, não sou mais menina...

Então eu tenho compaixão pela loucura

Dessa menina e a respeito, que ela seja

Uma mulher, não vou tratá-la sem ternura,

Mas a vejo como louca total, veja:

O nojo que sinto por uma deformada

É o mesmo que por outro homem,

Então não posso fazer dessa a minha amada,

Mas a respeitarei e seus sofrimentos somem...

É que talvez eu seja poeta mesmo,

Obrigado lindo irmão deste momento,

Escreverei sem ficar a esmo,

Para todos e não só meu divertimento...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 30/04/2016
Código do texto: T5620641
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