Metaforicamente: o amor
E assim vejo e sinto o amor em seu alargamento
Feito mar azul; ora verde, ao alcance: esperança.
Em ondas brandas ou em fortes feitas pelo vento
Nos cais por medo aportado e em longa andança.
E assim assisto e sinto o amor em sua intensidade
De pingo em pingo feito a chuva molha o mundo
Num dimanar-se que estruma a menor cavidade
Inventa um solo muito mais abastado e fecundo.
E assim fecho os olhos à ser tocada por esse amor
Está descrito com perfeição no sorriso da criança.
E é tão simples senti-lo e lê-lo pela sua confiança.
Assim me sinto diametralmente feita desse amor
E em cada minúcia de mim tem íntegra essência
Pois há tanta coisa quem vem antes da aparência.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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