Valores subestimados
 
Eu não sei me olhar realmente com outros olhos
Aprenderia ou morreria se os outros parassem?
À duras penas sobreviveria sem meus pares,
Salvos conduto da vida que hoje esnobo?
 
Minha opinião, conhecimento, minhas incipiências,
O orgulho bobo... Para quem mais o exibiria?
Sem meus bens, sem conversas, nada adiantaria...
...E as propaladas como insignificantes referências?
 
Ainda teria a mim, é certo, mas quem eu seria?
Talvez um parasita consumista em sua essência
Privado dos mimos obtidos pelo esforço da ciência
 
Nenhuma solidão deve ser maior que a impotência
Sem o calor de saber que há outras existências
E que estão no entorno em tudo como companhia