A CARAVELA E O VENTO

É caravela do oceano:

Flutua na travessia;

Não navio feniciano

Molhado da maresia.

É, porém, barco de velas

Singrando o mar sob o céu,

E firma–se nas estrelas

Juradas da nave–réu.

E a nave da exploração

Tem sua vida parada

Se o ar perder a função...

De ventania soprada,

Que entanto volta apressada,

Insistente e assobiada.

Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006, p. 40).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 28/04/2016
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