A CARAVELA E O VENTO
É caravela do oceano:
Flutua na travessia;
Não navio feniciano
Molhado da maresia.
É, porém, barco de velas
Singrando o mar sob o céu,
E firma–se nas estrelas
Juradas da nave–réu.
E a nave da exploração
Tem sua vida parada
Se o ar perder a função...
De ventania soprada,
Que entanto volta apressada,
Insistente e assobiada.
Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006, p. 40).