A ÁGUA QUE MÍNGUA
“Quando a lama virou pedra”
Luiz Gonzaga
Na água consiste a bondade
Da vida bem florescer,
Tal fato sendo a verdade,
Que o mundo deve saber...
Ora envolto em poluição,
Carecido de consertos,
Mergulhado em destruição
E transformado em desertos.
Restam para o novo século
Só lama e pedra no espéculo:
Água a desaparecer.
Sendo o santo feito em barro,
Ela será o catarro
Deste enfermo a falecer!
Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006, p. 35).