(Imagem do Google)
Seguindo a temática do jovem poeta
SÉRGIO DOS ANJOS.
O VELÓRIO DAS VELAS
Odir Milanez
Vela a vela o velório, vendo a vida
volver às vastidões do revertério.
Vela o viço avernal do bactério
que da morte advém, logo em seguida.
Enquanto a vela vela, esvaecida,
do morto o emaranhado de mistério,
a luz do sol assola o cemitério,
aceirando da cera a despedida.
Vela a vela, em seu carme comovente,
deixando dissolver-se, lentamente,
num ricto mortífero, abissal.
Cravejado o caixão, ninguém pressente
que a vela morre e escorre, evanescente,
ao sepulcro, sem cruz, do castiçal!
JPessoa/PB
27.04.2016
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e a versa em versos à vida...
odirmilanez.blogspot.com
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