SINTO FALTA...
Do tão ingênuo despertar d’antes, outrora
Das idas tardes de outono a revelia
Qual vindas folhas do verão a ir embora
Pelo crepúsculo do que não se sabia.
Sinto a falta do ocaso das calçadas
Das trajetórias de mãos dadas à sinfonia
Doces pardais que estridulavam na alvorada
Do passaredo a só passar na alegria.
Do ido encanto do silêncio urbanizado
O que outrora só soava em poesia:
A maestria no balouçar da madrugada
O farfalhar das folhas secas em harmonia.
A Terra em sofreguidão... toda reclama:
Ecossistemas em implosão, na era arredia!