Mausoléus
Quando nas horas, pelos desalentos,
Jogo-me sobre os túmulos tristonhos,
Na sepulcral ternura dos moimentos,
Cubro de mágoas meus perdidos sonhos...
E dessa paz, que urge os monumentos,
De entes morridos, túmulos medonhos,
Levam-me os plácidos, sombrios ventos,
Os meus temores, pálidos, inconhos...
Brancos sepulcros, lustros mausoléus,
Na luz da lua, formam brancos véus,
No frio da noite a me agasalhar...
E pelos becos dos ciprestes vago,
Anjos marmóreos, que chorando afago,
Na dor me perco, para me encontrar..
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Obs. este soneto, possui 10 sílabas poéticas(diferente de separação silábica) e o ritmo é heroico, ou seja, em todo verso a 6ª e a 10ª silaba poética, é forte, sem exceção!!
An/jos/ már/mó/reos/ que/ cho/ran/do a/ fa/ go -
1 2 3 4 5 6(*) 7 8 9 10(*) 11
neste caso, se a 10ª é forte e a palavra possui 11 sílabas, a 11ª silaba poética, sendo fraca, não se conta. Mas, se a apalavra possui, 10ª silaba poéticas, a 10ª sílaba poética, tem qeu ser forte.
Vejam:
Na/ luz/ da/lu/a/ for/ mam/bran/cos/ véus.
1 2 3 4 5 6(*) 7 8 9 10(*)
lu/a, pode se separar ou não, depende do poeta.
(*) Sílabas fortes, necessariamente, podem ter outras no verso, mas a 6 e a 10, são obrigatórias fortes, isso se chama ritmo.