Mausoléus

Quando nas horas, pelos desalentos,

Jogo-me sobre os túmulos tristonhos,

Na sepulcral ternura dos moimentos,

Cubro de mágoas meus perdidos sonhos...

E dessa paz, que urge os monumentos,

De entes morridos, túmulos medonhos,

Levam-me os plácidos, sombrios ventos,

Os meus temores, pálidos, inconhos...

Brancos sepulcros, lustros mausoléus,

Na luz da lua, formam brancos véus,

No frio da noite a me agasalhar...

E pelos becos dos ciprestes vago,

Anjos marmóreos, que chorando afago,

Na dor me perco, para me encontrar..

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Obs. este soneto, possui 10 sílabas poéticas(diferente de separação silábica) e o ritmo é heroico, ou seja, em todo verso a 6ª e a 10ª silaba poética, é forte, sem exceção!!

An/jos/ már/mó/reos/ que/ cho/ran/do a/ fa/ go -

1 2 3 4 5 6(*) 7 8 9 10(*) 11

neste caso, se a 10ª é forte e a palavra possui 11 sílabas, a 11ª silaba poética, sendo fraca, não se conta. Mas, se a apalavra possui, 10ª silaba poéticas, a 10ª sílaba poética, tem qeu ser forte.

Vejam:

Na/ luz/ da/lu/a/ for/ mam/bran/cos/ véus.

1 2 3 4 5 6(*) 7 8 9 10(*)

lu/a, pode se separar ou não, depende do poeta.

(*) Sílabas fortes, necessariamente, podem ter outras no verso, mas a 6 e a 10, são obrigatórias fortes, isso se chama ritmo.

Sérgio Dos Anjos
Enviado por Sérgio Dos Anjos em 23/04/2016
Reeditado em 24/04/2016
Código do texto: T5613718
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