O beijo
Dentre todos os prazeres, o que eu elejo,
para conquistar, me entregar e sucumbir.
Sem mais propósito, esquecer-me do porvir...
Roubar de ti, os doces segredos do teu beijo!
Ballet frenético em línguas entrelaçadas,
evoluindo por mucosas jacobinas.
Esqueço o rumo e me deleito com a estrada.
Em tua boca, meu desejo peregrina.
Conter-te a nuca, no anseio por teus lábios...
De encontro aos meus sem pudores vãos, mas gáudio.
Que encanta e oculta, feito papel de parede.
Ora, direis... que tomei ao copo, o oceano!
Mas será libra ao intangível, o humano?
Só os que amam, sabem a que se presta a sede.